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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mapas Conceituais!


Mapas Conceituais colaboram para a construção do conhecimento

Ao relacionar graficamente palavras, links e informações que compõem um tema, o aluno passa a entender melhor o conteúdo proposto

Entre os pontos mais importantes para o desenvolvimento do aluno é que ele possa trabalhar em equipe, que
desenvolva habilidades, tome decisões e, principalmente, consiga transformar informações em conhecimento. Mas essa pode não ser uma tarefa simples, principalmente numa época em que as informações proliferam-se seja em livros, revistas ou mesmo na web. "Como transformar estas informações em conhecimento? Como buscar, utilizar e estudar esta informação, através de mecanismos de didática para que o aluno construa seu conhecimento?", questiona Gilda Helena B. de Campos, coordenadora técnica de Educação a Distância da PUC do Rio de Janeiro.

Para trabalhar com esta questão existe um método conhecido por Mapas Conceituais, que facilita a representação e a análise de informações, ajuda a construção do conhecimento e evidencia o aprendizado do conteúdo proposto. Mapas Conceituais são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações entre conceitos e objetos ligados por palavras. Agora, com o vasto conteúdo existente na internet, estas palavras podem ser "promovidas" a links que remetem o aluno diretamente a determinado artigo, texto ou imagem. "Esses links são objetos que acabam se tornando Objetos de Aprendizagem dentro do Mapa Conceitual", explica Gilda, lembrando que esta técnica foi desenvolvida pelo Prof. Joseph D. Novak, da Cornell University (EUA), em 1960.

Na prática, os Mapas Conceituais podem ser utilizados por estudantes do ensino fundamental, médio ou superior e, também, de e-learning. Por exemplo, o professor pode dividir a turma em grupos, propor um tema a ser estudado e pedir para que construam um mapa que sintetize o assunto em palavras e links. A partir daí, os alunos vão ampliando o mapa conceitual com novas informações adquiridas, opiniões dos colegas e dicas do próprio professor.

Citamos como exemplo, um grupo que está desenvolvendo um trabalho sobre o Brasil Colonial. O que eles podem estudar? Como foi a chegada de D. João VI ao Brasil? Quais os feitos dele? Como se deu a chegada da indústria e a abertura dos portos? Qual o primeiro palácio construído? Como ocorreu a construção do Jardim Botânico e da imprensa pública? Tudo o que está relacionado com o tema deve estar abordado no Mapa Conceitual e, se possível, devem ser dadas as fontes das informações. Caso um aluno descubra um artigo muito importante em alguma biblioteca, ele pode colocar no mapa o link para este artigo.

Para Gilda, o mais interessante nisso tudo é a possibilidade de ampliação constante da rede de conhecimento, à medida que alunos e/ou professores passam a conhecer mais sobre determinado assunto. Outro exemplo prático do processo colaborativo é o caso de um professor ver um mapa criado e discordar de algumas ligações realizadas pelo aluno. Se este mapa estiver em um ambiente virtual, poderá ser alterado facilmente e ser usado para explicar ao aluno as razões das correções e das novas ligações realizadas. Neste caso, o aluno mostrou o que compreendia sobre o tema e o professor analisou seu trabalho, compreendeu seu raciocínio e realizou, colaborativamente, as alterações que julgou necessárias. Por fim, o aluno analisa as alterações realizadas, concorda ou discorda e apresenta seus argumentos.

"Acredito que os Mapas Conceituais são essenciais aos professores que querem oferecer uma aprendizagem colaborativa, baseada em projetos, com uma prática educativa dinâmica. Isso, sem falar nas amplas possibilidades de uso em Educação a Distância", completa Gilda. Ela lembra que professores da rede pública estadual dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, também estão fazendo uso desse tipo de ferramenta.

Segundo Gilda, os mapas conceituais são utilizados para o mapeamento de conteúdos previstos em projetos educacionais e ligados a propostas pedagógicas. "Há algum tempo, também são aplicados para realizar a avaliação da aprendizagem, pois professores e alunos podem organizar seu trabalho relacionando conceitos, analisando a expertise de conteúdo e evidenciando a forma pela qual a construção do conhecimento foi realizada."

Este mesmo modelo que é aplicado na educação pode ser levado para o mundo corporativo. "Cada vez mais, verificamos a necessidade da criação de departamentos que tenham uma visão transversal da empresa, buscando informações de diferentes áreas, a fim de compor um esquema de capacitação, por exemplo", sugere.

De acordo com ela, neste caso, diferentes pessoas podem participar da construção do Mapa Conceitual. Assim, com sugestões e diferentes visões de vários profissionais, é possível apontar as mais diversas necessidades dos departamentos envolvidos naquele processo de capacitação. "Esta também é uma visão colaborativa de trabalho, mas aplicada ao universo corporativo."
fonte: http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/julho05/entrevista/entrevista.htm

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